terça-feira, 5 de abril de 2016

Entrevista com o cantor Marcos Manfredine

E nesta semana o Pequi Cultural invadiu o mundo do sertanejo. Hoje foi dia da Nathália Peres conversar com o cantor de sertanejo Marcos Manfredine. Confira:


Pequi: Quando surgiu o interesse pela música? Por que a escolha da carreira solo?
Marcos: Comecei a cantar aos seis anos de idade, com 12 comecei a aprender tocar violão. Comecei a cantar em bares em 2003 já em carreira solo. Tive algumas duplas de lá pra cá mas não deram certo, então preferi seguir sozinho.
Pequi: Quais as principais influências musicais?
Marcos: Minhas influências são bem variadas. Na infância minhas influências foram basicamente as duplas de sertanejo raiz (Tião Carreiro e Pardinho, Chico Rey e Paraná, Liu e Léo entre outros) que meu pai sempre escutava em casa e viagens. Na adolescência me voltei para o Rock In Roll nacional e internacional (Legião Urbana, Engenheiros do Hawai, Titãs, Pink Floyd, Guns N Roses) e MPB (Zé Ramalho, Djavan, Fagner) e também duplas sertanejas românticas (Zezé e Luciano, João Paulo e Daniel, Leandro e Leonardo, Chrystian e Ralf, entre outros).
Pequi: Quais os principais projetos em andamento?
Marcos: No momento estou trabalhando com minhas composições a fim de aperfeiçoá-las comercialmente para outros artistas que tiverem interesse nas mesmas gravarem ou, no futuro, eu mesmo grava-las em um projeto de disco ainda sem definição de data ou segmento. No mais sigo me apresentando em bares e festas particulares.
Pequi: Algum projeto que pode adiantar para a gente?
Marcos: Disco ainda sem definição de data ou segmento.
Pequi: Quais dificuldades encontradas na carreira solo?
Marcos: As dificuldades encontradas por um artista solo são praticamente as mesmas que uma dupla ou banda enfrentam hoje: Muita competição, (as vezes desleal onde o talento e sobreposto pelo poder financeiro dos grandes escritórios), mercado "sertanejo" extremamente saturado com músicas e artistas de péssima qualidade técnica e musical, sendo empurrados "guela abaixo" para o público já bombardeado pelo excesso de informação musical, onde canções são descartadas pouco tempo após o seu lançamento.
Outra dificuldade enorme é a impossibilidade de viver unicamente da música através de bares, festas. No caso de Goiânia em especifico a situação é muito grave: Pouquíssimos locais para trabalhar (bares e boates) e uma quantidade de artistas extremamente grande. Ou seja, é praticamente impossível se manter financeiramente trabalhando com música em Goiânia. Enfim, não é fácil não! Tem que amar o que faz demais.
Pequi: Agenda de shows e eventos.
     Marcos: Agenda com as seguintes datas
    13 e 14/05 no Scarpas Bar e Chopperia em Goianésia – Go.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Entrevista com a banda Yetis

E nesta semana, demos mais uma vez voz ao rock in roll produzido aqui em Goiânia. Entramos no cenário alternativo daqui de capital, e  entrevistamos o vocalista da banda Yetis, Tiago Povoa, que nos contou novidades sobre a banda. 

Confira abaixo a entrevista feita por Nathália Peres.

Vocalista do Yetis, Tiago durante apresentação no Goiânia Noise. Foto: Reprodução

Pequi: Quando surgiu a banda? E por que o nome Yetis?
Tiago: A Yetis surgiu em 2013. Já vinhamos de outros projetos juntos e resolvemos unir no primeiro EP lançado, também, em 2013, as músicas que dariam o ponta pé inicial na banda.

Pequi: Quais as principais influências musicais?
Tiago: Kings of Leon, Queens of the stone age, e os projetos do Jack White tiveram papel central nos influenciando na construção da nossa linguagem sonora. Até mesmo Led Zeppelin pode ser observado como uma das fontes que bebemos nas escolhas dos timbres e riffs (frase musical). Tudo isso trabalhado no idioma português de uma maneira própria.

Pequi: Qual formação da banda, teve alguma mudança ao decorrer dos anos na formação?

Tiago: A banda sempre manteve a mesma formação de 2013 até o início de 2016. Por questões pessoais Carlos(baterista) e Eder(baixista) tiveram que mudar o caminho, mas continuam nos apoiando nos shows da banda e logo mais apresentaremos de maneira oficial os novos integrantes que estão acompanhando eu (Tiago- vocalista) e o Dionson (guitarrista) nessa nova fase.

Pequi: A banda esteve presente no último Goiânia Noise e qual o impacto destes eventos dentro da divulgação do rock in roll?
Tiago: Toda banda da nossa região, e possivelmente em nível nacional conhece o Goiânia Noise Festival. Nesse festival já subiram ao palco e se revelaram grandes nomes do cenário alternativo, e pra nós sempre era uma das metas participar dessa festa. Muitas pessoas conheceram nosso nome e nosso som nesse festival e foi muito gratificante, e importante ter essa divulgação.

Pequi: Como foi a produção do clipe de "Não tão depressa" e qual a receptividade do público?
Tiago: A produção do clipe se deu principalmente a cargo do Carlos Henrique, ex-baterista, editor e produtor da Kanal vídeo. Ele idealizou os efeitos e nós fizemos acontecer com a parceria de Vailson e Dudu Soprani. A recepção do público foi muito boa, tanto por quem já conhecia a banda quanto por quem ficou surpreso com o estilo mais leve e progressivo que a banda apresenta nessa música.

Pequi: Existe algum projeto em andamento? E qual são os projetos futuros?
Tiago: Estamos trabalhando num álbum completo, trazendo as músicas que já tocamos nos nossos shows, e as novas que serão acrescentadas, e que nós estamos gostando muito de produzir.

Pequi: Em outra conversa informal, você comentou sobre uma reformulação da banda. Quais mudanças estão sendo planejadas?
 Tiago: Essas reformulações se deram principalmente na formação, grandes amigos nossos tiveram que trilhar outros rumos e sair da banda, e agora estamos trabalhando com novas pessoas, igualmente talentosas, e que certamente vão acrescentar algo a mais a nossa pegada musical.

Pequi: Como está a agenda de shows e eventos da banda?

Tiago: No momento estamos trabalhando muito para produção do nosso novo álbum, então cancelamos alguns eventos que iriamos participar para manter o ritmo nesse objetivo. Ainda no início do ano voltaremos aos palcos já com novidades e partilharemos com todos!



E se ficaram curiosos, para ouvirem o single Não tão depressa, e só acessar o link abaixo e curtir o som.
https://www.youtube.com/watch?v=ATY4IHUOtXo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Entrevista com a banda sueca Satanic Surfers

     Os Satanic Surfers voltaram ao Brasil neste ano, em sua primeira tour depois de 8 anos parados. Pela primeira vez os suecos tocaram em Goiânia, durante a segunda edição da Diablo Fest, que aconteceu no dia 4 de dezembro de 2015.

Confira abaixo a íntegra da entrevista feita por Gustavo Paiva, com o baixista Andy Dahlström da Satanic Surfers.

Banda sueca Satanic Surfers tocando durante a segunda edição da Diablo Fest (Foto: Gustavo Burns)


  
Pequi – Você está com a banda desde o começo?
Andy Dahlström – Não, eu me juntei em 2003 e a banda começou em 1989. Eu tinha 6 ou 7 anos quando eles começaram.

Pequi – Vocês ficaram fora dos palcos durante 8 anos, porque vocês pararam?
Andy – Nós paramos porque sentimos que a energia tinha acabado, a energia que nos faz continuar, de “sim, vamos lá fazer um novo show, um album novo”. Tudo isso, parece que desapareceu. Então, eu acho que se não há energia, não deveríamos tocar.

Pequi – E o que motivou a volta de vocês?
Andy – A volta aconteceu por causa de um festival no Canadá, que entrou em contato com a gente, eles já haviam ligado pra nós duas vezes antes, e nós recusamos. Mas dessa vez pareceu certo, todos da banda estavam com tempo e inspiração.

Pequi – Como vocês foram recebidos pelo público depois de tanto tempo longe?
Andy – Vou te dizer, ajuda quando você está longe por muito tempo e as pessoas estão “famintas”, e querem te escutar. Se você toca todos os anos, todo o tempo, as pessoas falam “ah, eu posso vê-los anos que vem”. Então, a recepção foi muito boa.

Pequi – Vocês receberam muitas mensagens de fãs pedindo a volta?
Andy – Sim, nós temos um facebook e instagram, e as pessoas sempre escrevem coisas boas lá.

Andy Dahlström (Foto: Gustavo Burns)
Pequi – Porque vocês escolheram a América Latina para o primeiro tour?
Andy – Bem, nós fizemos uns 15 shows nesse verão. Voamos à Bélgica, fizemos um show e voltamos, voamos para Alemanha, fizemos um show e voltamos para casa. Mas você não pode fazer isso aqui, porque leva bastante tempo para voar pra cá e nós achamos muito legal quando estívemos no Brasil em 2006, então nós queríamos voltar. E dessa vez também queríamos tocar no Chile, Argentina, Peru, Colombia. Queríamos tocar na Costa Rica também, mas não conseguimos chegar a tempo. Mas essa é a primeira tour por ser tão longe de casa.

Pequi – Durante o show você disse que perdeu seu baixo na viagem?
Andy – Eu não, a American Airlines perdeu. Quando chegamos ao México eles disseram que o baixo havia extraviado. Estou com as mãos cheias de calo, porque tive que tocar em cada show com um baixo diferente, emprestado.

Pequi – Qual a diferença do público aqui no Brasil e o público no resto do mundo?
Andy – Os brasileiros são bem mais ativos, cantam mais, aplaudem mais, querem mais autógrafos, tirar fotos. Em casa as pessoas são mais reservadas.

Pequi – Vocês estão planejando lançar um CD novo?
Andy – Nós conversamos sobre isso, mas não temos nenhum plano. Ainda não fizemos nenhuma música nova, mas existe uma vontade.

Pequi – Você escuta alguma banda ou músico brasileiro?
Andy – Sim, gosto muito de Ratos de Porão, outras bandas como I Shot Cyrus e Rakta. Bandas punks.

Pequi – Você quer deixar uma mensagem para seus fãs no Brasil?
Andy – Sim, claro, obrigado por nos assistir, seja bom com os animais e “go vegetarians”, não comam carne.