quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Entrevista com a banda sueca Satanic Surfers

     Os Satanic Surfers voltaram ao Brasil neste ano, em sua primeira tour depois de 8 anos parados. Pela primeira vez os suecos tocaram em Goiânia, durante a segunda edição da Diablo Fest, que aconteceu no dia 4 de dezembro de 2015.

Confira abaixo a íntegra da entrevista feita por Gustavo Paiva, com o baixista Andy Dahlström da Satanic Surfers.

Banda sueca Satanic Surfers tocando durante a segunda edição da Diablo Fest (Foto: Gustavo Burns)


  
Pequi – Você está com a banda desde o começo?
Andy Dahlström – Não, eu me juntei em 2003 e a banda começou em 1989. Eu tinha 6 ou 7 anos quando eles começaram.

Pequi – Vocês ficaram fora dos palcos durante 8 anos, porque vocês pararam?
Andy – Nós paramos porque sentimos que a energia tinha acabado, a energia que nos faz continuar, de “sim, vamos lá fazer um novo show, um album novo”. Tudo isso, parece que desapareceu. Então, eu acho que se não há energia, não deveríamos tocar.

Pequi – E o que motivou a volta de vocês?
Andy – A volta aconteceu por causa de um festival no Canadá, que entrou em contato com a gente, eles já haviam ligado pra nós duas vezes antes, e nós recusamos. Mas dessa vez pareceu certo, todos da banda estavam com tempo e inspiração.

Pequi – Como vocês foram recebidos pelo público depois de tanto tempo longe?
Andy – Vou te dizer, ajuda quando você está longe por muito tempo e as pessoas estão “famintas”, e querem te escutar. Se você toca todos os anos, todo o tempo, as pessoas falam “ah, eu posso vê-los anos que vem”. Então, a recepção foi muito boa.

Pequi – Vocês receberam muitas mensagens de fãs pedindo a volta?
Andy – Sim, nós temos um facebook e instagram, e as pessoas sempre escrevem coisas boas lá.

Andy Dahlström (Foto: Gustavo Burns)
Pequi – Porque vocês escolheram a América Latina para o primeiro tour?
Andy – Bem, nós fizemos uns 15 shows nesse verão. Voamos à Bélgica, fizemos um show e voltamos, voamos para Alemanha, fizemos um show e voltamos para casa. Mas você não pode fazer isso aqui, porque leva bastante tempo para voar pra cá e nós achamos muito legal quando estívemos no Brasil em 2006, então nós queríamos voltar. E dessa vez também queríamos tocar no Chile, Argentina, Peru, Colombia. Queríamos tocar na Costa Rica também, mas não conseguimos chegar a tempo. Mas essa é a primeira tour por ser tão longe de casa.

Pequi – Durante o show você disse que perdeu seu baixo na viagem?
Andy – Eu não, a American Airlines perdeu. Quando chegamos ao México eles disseram que o baixo havia extraviado. Estou com as mãos cheias de calo, porque tive que tocar em cada show com um baixo diferente, emprestado.

Pequi – Qual a diferença do público aqui no Brasil e o público no resto do mundo?
Andy – Os brasileiros são bem mais ativos, cantam mais, aplaudem mais, querem mais autógrafos, tirar fotos. Em casa as pessoas são mais reservadas.

Pequi – Vocês estão planejando lançar um CD novo?
Andy – Nós conversamos sobre isso, mas não temos nenhum plano. Ainda não fizemos nenhuma música nova, mas existe uma vontade.

Pequi – Você escuta alguma banda ou músico brasileiro?
Andy – Sim, gosto muito de Ratos de Porão, outras bandas como I Shot Cyrus e Rakta. Bandas punks.

Pequi – Você quer deixar uma mensagem para seus fãs no Brasil?
Andy – Sim, claro, obrigado por nos assistir, seja bom com os animais e “go vegetarians”, não comam carne.